Eduardo da Costa Macedo - CAMÕES, filho de Ana Sá e Macedo from Arq. Alberto Costa-Macedo
LUÍS VAZ CAMÕES
Filho de Ana Sá e Macedo
I
Naquela Alma pura e rutilante
Guiada pelos ventos do destino
Havia um Sonho lúcido divino
Com um eco d' amor - harpa distante.
Já ouvia cantar ao longe o hino
Sagrado do futuro; o triunfante
Chamava à sua pátria - a sua amante,
Lendo o céu como um livro sibilino.
Entre no Paço e a nova luz o banha
De uns olhos fulgurosos, luz estranha
Que lhe torna felizes os seus dias.
Não há ainda no azul um traço escuro:
Como é belo sonhar... ver o futuro
Banhado de clarões e de harmonias!
II
Ele saúda o Sol - Astro Bendito
No meio dessa lúcida grandeza
Que rege do seu trono a Natureza,
Tendo o poder em toda a parte escrito.
E sobre o mar, sonhando nova empresa,
Se a saudade lhe leva o peito aflito,
Acompanha-o das ondas fundo grito
E a Lua no seu manto de tristeza.
Voltam-lhe então dulcíssimas visões:
Começa a inflamar-se a alma de Camões
Inspirada no poema universal.
Eis por fim em seu livro a nossa gloria:
Já que o deixou morrer entregue à História.
Erga-o e celebre-o hoje Portugal.
LUÍS VAZ CAMÕES
Filho de Ana Sá e Macedo
I
Naquela Alma pura e rutilante
Guiada pelos ventos do destino
Havia um Sonho lúcido divino
Com um eco d' amor - harpa distante.
Já ouvia cantar ao longe o hino
Sagrado do futuro; o triunfante
Chamava à sua pátria - a sua amante,
Lendo o céu como um livro sibilino.
Entre no Paço e a nova luz o banha
De uns olhos fulgurosos, luz estranha
Que lhe torna felizes os seus dias.
Não há ainda no azul um traço escuro:
Como é belo sonhar... ver o futuro
Banhado de clarões e de harmonias!
II
Ele saúda o Sol - Astro Bendito
No meio dessa lúcida grandeza
Que rege do seu trono a Natureza,
Tendo o poder em toda a parte escrito.
E sobre o mar, sonhando nova empresa,
Se a saudade lhe leva o peito aflito,
Acompanha-o das ondas fundo grito
E a Lua no seu manto de tristeza.
Voltam-lhe então dulcíssimas visões:
Começa a inflamar-se a alma de Camões
Inspirada no poema universal.
Eis por fim em seu livro a nossa gloria:
Já que o deixou morrer entregue à História.
Erga-o e celebre-o hoje Portugal.
POEMA
DE
EDUARDO DA COSTA MACEDO
PARA AS
FESTAS DO 3 CENTENÁRIO DE CAMÕES
DE
EDUARDO DA COSTA MACEDO
PARA AS
FESTAS DO 3 CENTENÁRIO DE CAMÕES
Homenagem dos POETAS
Palácio de Cristal
Porto, 27 de Março de 1880
PORTUGAL
PORTUGAL
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COSTA MACEDO