[Obra de Teresa Lobo da Costa Macedo]
Rompi-lhe as vestes negras, abafadas,
primeiro o cisne colo desnudando
e logo os ombros de contorno brando
e o seio casto e as pomas delicadas...
Lembravam minhas mãos as Madrugadas,
quando o noturno manto vão rasgando;
e como é bela e pura a Lua quando
se mostra nua às Noites recatadas!
Assim a Terra é pelo Sol despida;
não há pecado nos milhões de beijos,
beijos de luz que despertam nela a Vida.
É puro o pólen que fecunda a flor;
são sempre imaculados os desejos,
se existe neles verdadeiro Amor.
Rompi-lhe as vestes negras, abafadas,
primeiro o cisne colo desnudando
e logo os ombros de contorno brando
e o seio casto e as pomas delicadas...
Lembravam minhas mãos as Madrugadas,
quando o noturno manto vão rasgando;
e como é bela e pura a Lua quando
se mostra nua às Noites recatadas!
Assim a Terra é pelo Sol despida;
não há pecado nos milhões de beijos,
beijos de luz que despertam nela a Vida.
É puro o pólen que fecunda a flor;
são sempre imaculados os desejos,
se existe neles verdadeiro Amor.
Coimbra, Junho de 1911
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COSTA MACEDO