[Obra de Teresa Lobo da Costa Macedo]
Canta, canta, canta, canta,
o cantar rejuvenesce:
é cantando que se espanta
a tristeza, que envelhece.
Que vá tua alma elevada
por nuvens da fantasia,
em Céu de rósea alvorada,
em asas de alava poesia.
Sonhando, a capa e batina
enverga, volta aos «gerais»,
recorda-me essa menina
outrora dos teus ideais.
Esta palavra «gerais»
está dizendo irmandade,
que fomos todos iguais,
cursando a Universidade.
Todos moços, todos belos,
de passo rijo e seguro,
todos erguemos castelos,
mirando loiro futuro.
Na minha alma, fazer ninho
veio a pomba da saudade,
sonhei seguir o caminho
de regresso à mocidade.
à «Porta Férrea» te espero,
moço cheio de ambições,
sou João de Deus, sou Antero,
sou o Luís Vaz de Camões.
A «Porta Férrea» é açude
da ribeira estudantil,
do rio da mocidade,
do rio de luz de Abril.
vive em permanente enredo
quem tudo e nada receia...
da bomba atómica o medo
não perturbe a tua ideia.
Estou em crer que não erra
Jean Cassou, que anuncia
que de novo até à Terra
os poetas virão um dia.
Dedilha, Xico Menano,
na tua esbelta guitarra,
«O Fado do Doce Engano»
a que nossa alma se agarra.
E arranja-me um cantador,
com garganta e sentimento,
que às palavras dê calor
e as eleve ao Firmamento.
Canta, canta, canta, canta,
o cantar rejuvenesce:
é cantando que se espanta
a tristeza, que envelhece.
Que vá tua alma elevada
por nuvens da fantasia,
em Céu de rósea alvorada,
em asas de alava poesia.
Sonhando, a capa e batina
enverga, volta aos «gerais»,
recorda-me essa menina
outrora dos teus ideais.
Esta palavra «gerais»
está dizendo irmandade,
que fomos todos iguais,
cursando a Universidade.
Todos moços, todos belos,
de passo rijo e seguro,
todos erguemos castelos,
mirando loiro futuro.
Na minha alma, fazer ninho
veio a pomba da saudade,
sonhei seguir o caminho
de regresso à mocidade.
à «Porta Férrea» te espero,
moço cheio de ambições,
sou João de Deus, sou Antero,
sou o Luís Vaz de Camões.
A «Porta Férrea» é açude
da ribeira estudantil,
do rio da mocidade,
do rio de luz de Abril.
vive em permanente enredo
quem tudo e nada receia...
da bomba atómica o medo
não perturbe a tua ideia.
Estou em crer que não erra
Jean Cassou, que anuncia
que de novo até à Terra
os poetas virão um dia.
Dedilha, Xico Menano,
na tua esbelta guitarra,
«O Fado do Doce Engano»
a que nossa alma se agarra.
E arranja-me um cantador,
com garganta e sentimento,
que às palavras dê calor
e as eleve ao Firmamento.
Porto, Junho de 1964
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