Roberto Eduardo da Costa Macedo, nasceu em Santo Tirso, em 14 de Julho de 1887 e faleceu a 19 de Julho de 1977 no Porto.
Filho de Eduardo da Costa Macedo e de Anastácia Cristina de Azevedo Sanches. Casou com Ana Coelho Hargreaves. Narrou histórias, fez poemas e poesias. Publicou vários livros em prosa e verso, os quais alguns serão citados aqui...

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O MAR


Apenas fita em mim, o seu olhar
esse grande titã fero e despótico,
meu corpinho frágil e neurótico
tem toda a vida que ele vive, o Mar.

Força, poder, e o dom de adivinhar
me dá aquele singular narcótico.
E que ventura a desse amante erótico
que enleia a Terra num continuo amar!

A que heróica façanha o Mar me impele!
Venturoso de mim quando sou ele,
quando o meu peito as ondas sintetiza.

Meus ser a minha carne dolorida,
minha alma goza plenamente a Vida,
Que força colossal me hipnotiza!
30 de Outubro de 1912

ESCRAVIDÃO

Eu que a Liberdade tanto adoro,
Vivo por Ela e sempre Dela;
Que, só de imaginar venha a perde-la,
Derramo na minha alma intimo choro;

Eu que escutei, como celeste coro,
A voz, dos Ramas e dos Cristos, bela,
Eu cuja crença, cuja mente, vela
O seu altar onde, prostrando-me, oro;

Eu que lamento a mão fraca e indefesa
Contra qualquer humano despotismo,
Contra o poder até da Natureza;

Nasci para viver nesta ansiedade.
E, porque Nela, e sempre Nela, cismo
Sou escravo da mesma Liberdade.

DIA MUNDIAL DA POESIA

O Poema Escravidão é dedicado ao Dia Mundial da Poesia